Eu no Rally dos Sertões

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Eu no Rally dos Sertões – Parte 1 Quando fui convidado e informei amigos e parentes que estava de malas prontas para ir ao Rally dos Sertões 2002, ouvi frases bastante estimulantes. Um amigo me disse: “Você não tem dinheiro para correr nem na Bahia, como quer ir ao Sertões?”. Outro amigo também não pegou leve: “Janjão, você tá tomando alguma coisa?”. Houve também quem pensou na total impossibilidade de conseguir qualquer resultado decente: “Você não tem chance neste negócio, os pilotos que participam são mais experientes e são muito fortes”. Dos mais otimistas, saiam incentivos como: “Você não tem medo de morrer seco lá no sertão?”.

Diante de tamanha confiança no meu taco, criei um espelho imaginário para rebater tanta energia negativa. Até porque quando coloco uma coisa na minha cabeça, é difícil tirar fora… Esta espécie de couraça me ajudou a formar uma imagem de que o Sertões seria apenas uma viagem cruzando o Brasil. Minha lógica para chegar a esta simplificada conclusão foi a seguinte: o Sertões seria apenas uma sucessão de enduros, prova que eu estava acostumado a disputar no norte de Minas e em várias partes do Brasil. Seria como fazer duas vezes o Enduro da Independência, prova que eu fazia todo ano com 4 dias de duração, do Rio a BH. Deduzi, sabe-se lá porquê, que cada etapa do Sertões seria mais simples que um dia inteiro de enduro.

Estava redondamente enganado, claro. Perto das “estradas” sertanejas, os caminhos brasileiros são um tapete. As dificuldades se multiplicam exponencialmente quando você entra no sertão. Atolar, errar o caminho e se perder completamente são problemas comuns. Além do mais, o Sertões é uma prova de velocidade – e não de regularidade.

Muitas pessoas têm esta dúvida. Seu percurso é dividido em etapas diárias. Todas as noites, você acampa em um ponto e precisa chegar ao ponto designado pela organização onde está o acampamento seguinte. No Sertões 2002, os 4.800 quilômetros entre Goiânia(GO) e Fortaleza (CE) foram divididos em 10 etapas. No final, soma-se o tempo que cada piloto gastou para percorrer o roteiro todo. Quem tiver a menor soma, ou seja, quem tiver andado mais rápido, é o vencedor.

Para quem estava esperando um “viajão” do sonho, o negócio mais pareceu uma engrenagem de moer máquinas e competidores. Para piorar, neste ano da minha estréia, a organização da prova exagerou na dose. Como o Sertões estava comemorando 10 anos, os organizadores pareciam querer fazer uma limpa e ver pouquíssima gente cruzando a linha de chegada na famosa praia do Cumbuco em Fortaleza.

O grande problema é que minha moto era uma YZ 250, moto de motocross, dois tempos (a única motocicleta dois tempos do Rally), e todo mundo, inclusive os mais experientes pilotos, apostavam que eu não chegaria na metade da prova. Pois eu até que fui longe, e o que é melhor, superando minhas expectativas. Fiquei sem gasolina na pior especial do Sertões de todos os tempos, e por isso mesmo, batizada de “Especial dos 10 Anos”. Vários pilotos também ficaram sem gasolina, além das dezenas de carros que ficaram atolados.

Mas cheguei em Fortaleza acelerando, contrariando todas as expectativas, e enquanto estava acelerando, antes de ficar sem gasolina, mesmo poupando a moto estava em 6º na minha categoria (superproduction – a categoria principal) e em 11º no geral, entre os 96 pilotos participantes…

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 Eu no Rally dos Sertões – Parte 2 

A insegurança faz parte da natureza humana. Dela, não escapam os corajosos viajantes que desafiam as maiores montanhas do planeta, os esportistas que enfrentam ondas assustadoras, os soldados que partem para uma guerra… Há até os que são tomados por esta insegurança e tremem na base ao falar em público ou pedir um reajuste de salário ao chefe. Desde criança, eu convivo com este problema. Era tomado por uma insegurança, por exemplo, na hora de de fazer um exame na escola.

No entanto, ao longo dos anos, aprendi a disfarçar esta insegurança. Minha participação no Rally dos Sertões, em 2002, foi uma escola de vida neste ponto. Antes de enfrentar o desafio, já havia participado das principais provas de enduro do país. Mas era Enduro de Regularidade e no Rally dos Sertões a gente anda de mão colada o tempo todo, as vezes próximo do limite, as vezes no limite e inclusive acima dele de vez em quando… O risco de um acidente é muito maior, e o que é pior, um acidente em alta velocidade, numa moto bastante pesada por causa dos tanques maiores e reservatórios de gasolina adicionais, além da bagagem extra que a gente leva na jaqueta.

Além do medo de um acidente, quando comecei a me preparar, as perguntas começaram a cair por todos os lados. E se você se perder no deserto? E se você ficar sem água? E se você sofrer um acidente? E se você pegar uma doença? Não era preciso ser um grande estrategista para pensar nos óbvios riscos que eu corria no rally. E o que é pior é que foi tudo tão de repente que nem tive tempo de me preparar. Na sexta de tarde recebi o convite, no sábado passei os dados por fax para completar a inscrição, e na segunda já estava na estrada. Na marra, peguei o jeito de ator e não deixei transparecer a verdade: estava apavorado.

Também era preciso passar uma imagem para amigos, concorrentes, patrocinadores e para a mídia. Logo percebi que a falta de informação contribuía para aumentar o meu medo. Então, para cada pergunta eu buscava uma resposta, como se estivesse participando de um vestibular ou de um destes jogos para ganhar dinheiro no programa do Silvio Santos. Se me perguntassem o que eu faria caso a moto quebrasse e não tivesse conserto, eu tinha resposta na ponta da língua: os carros da organização passam depois fechando a prova… e se eu me machucasse numa queda? Tinha um piloto que passaria por mim e chamaria um dos helicópteros…

Esbanjando uma experiência que não tinha, concluía: “Nunca ninguém deixou de ser encontrado no Sertões”.

Mas foi um grande amigo, Bill, então com seus 11 anos, filho de outro grande amigo, que começou a me encurralar e eu quase entrei em desespero. Ele perguntou sobre a possibilidade de acidentes. Eu respondi que todos os pilotos tinham rádio de comunicação. Então Bill começou a emendar um monte de “e se”. “E se você quebrar um osso?” Respondi que haviam helicópteros com médicos e carros de apoio da organização também com médicos. “E se o carro médico quebrar e não te encontrar?” Respondi que tinha os tais rádios. “E se o rádio não funcionar?” Respondi que outro concorrente poderia me ajudar. “E se ninguém passar por lá?” Para não deixar o moleque tomar conta da situação e acabar com meu ânimo, desconversei: “Quebra o galho, busca uma cerveja ali pra mim…”.

A propósito, não cai apenas uma vez durante o Rally, mas várias vezes. No 1o dia, tomei um tombo besta… Na etapa entre Diamantina e Janaúba, furei o pneu dianteiro e por causa dele tomei uma queda pouco antes do fim da especial. Mas a pior queda foi na especial dos 10 anos, uma etapa com areia muito fofa, eu já tinha ultrapassado um monte de concorrentes e fiz uma curva de mão colada… Só não vi uma raiz que estava por baixo da areia e que me catapultou para cima com moto e tudo. Quando consegui me levantar, ainda tonto e cuspindo areia, não sabia pra que lado tinha que ir. Quando dei por mim, tinha uma poça de sangue onde eu tinha caído e meu peito estava todo molhado. Não sentia dor, e quando fui verificar onde é que eu tinha machucado foi que percebi que não era sangue, mas o óleo que eu carregava na jaqueta que tinha estourado!!! Passou um piloto por mim (Paulinho Gardenal) e eu mandei seguir, estava tudo bem. E só quando ele passou eu descobri pra que lado tinha que ir… Com essa queda ganhei um olho roxo, quebrei o capacete e machuquei a testa.

Ah, e você quer saber se depois de quase 15 anos pilotando, eu ainda sinto medo? Morro de medo! E é por isso que acho tão gostoso, porque se não houvesse medo não teria graça… Isso é o que nos faz tremer, que faz o coração bater mais forte, despejar adrenalina, que dá emoção. Aquela emoção e prazer que a gente tem cada vez que ultrapassa nosso limite. No dia que eu perder esse medo, acaba a graça.

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Eu no Rally – Parte 3

Na 1ª parte sobre o Rally dos Sertões, falei que quando fui convidado e informei amigos e parentes que estava de malas prontas para ir ao Rally dos Sertões 2002, ouvi frases bastante estimulantes como: – Você não tem dinheiro para correr nem na Bahia, como quer ir ao Sertões?– Janjão, você tá tomando alguma coisa?– Você não tem chance neste negócio, os pilotos que participam são mais experientes e são muito fortes.– Você não tem medo de morrer seco lá no sertão? Na 2ª parte, disse que foi tudo tão de repente que nem tive tempo de me preparar. Na sexta de tarde recebi o convite, no sábado passei os dados por fax para completar a inscrição, e na segunda já estava na estrada.  Deixei pra falar na última coluna sobre como foi a decisão da minha ida ao Rally, porque é o que quero que todos lembrem: não fui eu quem tomou a decisão de participar do Rally. Até porque, aqueles comentários lá de cima estavam todos certos. Eu não tinha dinheiro pra fazer nem uma prova na Bahia. Quando fui convidado, me deu um frio na barriga, vi diante de mim um sonho, mas um sonho impossível, eu não tinha a mínima condição de participar de um Rally dos Sertões. Mesmo convidado por uma equipe de ponta (a CDI Competições), pra ir no lugar de Juca Bala com inscrição (R$3.000,00), pneus (foram 9 no total) e todo o material (roupas, capacete, jaqueta, etc) por conta da equipe CDI, eu ainda tinha que levantar uns 7 mil reais para despesas como Gasolina, lubrificantes, hospedagens, alimentação, peças de reposição, viagem de ida pra Goiânia e volta de Fortaleza, etc...

Mas diz o ditado que “quem tem padrinhos não morre pagão”. E nisso eu sou uma pessoa privilegiada. Deus colocou na minha vida os melhores amigos que eu podia querer ou sonhar. E foram eles que decidiram que eu iria participar deste Rally. Não esqueço, e não vou me esquecer nunca, de cada um que correu e fez de tudo pra que eu fosse nesta prova. Fred Coelho, não só patrocinando com o Sabão Maíra, mas fazendo o maior esforço pra que eu fosse e buscando outros patrocínios por mim. Dr Reinaldo de Pádua, o Rena, que praticamente me puxou pelo braço e corremos a cidade em busca de mais patrocínios. Paulo Benzina da Cannal Motors, amigo de todos os tempos, desde quando eu nem andava de moto ainda. Vinicius Versiane, da Star Promoções e Sérgio Dangelis, do Posto Bandeirantes, que não pensaram duas vezes: “Vai nessa, vê o que você precisa, conta comigo e acelera…”. Dui do Mapa de Minas, Juliano Trimano, Helinho de Januária-Posto Pioneiro, Silvio Motos, Júnior Testão, Felipe da Mediodonto, Júnior da Gury, Anderson Piu-Piu, Adair Motos, Júnior da CellTech, Toninho da Motonorte, TucaPorreta, Alexandre da AW Veículos, Jaime da Cervantes-Brahma, Guto da Boa Idéia, Ivair Martins, Licão Paculdino, Maurício da Joni…

Sei que ainda vou esquecer alguém, esse é o problema de começar a citar nomes, mas queria que soubessem que sou eternamente grato, e foram vocês que decidiram a minha participação no Rally. E a lista não está na ordem de importância, até porque esta ordem não existe. Cada um de vocês foi muito especial.

E além destes que citei, tem ainda os vários amigos que ficaram aqui, torcendo por mim, buscando informações na internet, grudados nos boletins diários da TV Grande Minas (afiliada Rede Globo) e fazendo orações… Os amigos que foram me recepcionar em Diamantina, em Itacambira, em Francisco Sá, em Janaúba. A cada rosto conhecido que encontrava nestas cidades, e que sabia, estavam torcendo por mim, tirava forças pra acelerar mais e continuar. E pra finalizar, cito parte de uma crônica de Vinicius de Moraes, pra cada um desses meus amigos:  

“Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências…

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condicão me encoraja a seguir em frente pela  vida.

Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.

E as vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é talvez, fruto do meu egoísmo. 

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado,  andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que não desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!” (Vinicius de Moraes) 

A cada um dos meus amigos meu muito obrigado e contem sempre comigo.

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31 comentários sobre “Eu no Rally dos Sertões

  1. muito bonito seu relato. gostaria de saber como participar , se tem alguma categoria para principiante, sem nenhuma experiencia em raly ou enduros. bom é isso ai.

    abraço.

  2. Parabens cara continua assim que vc vai longe
    Que Deus te abençoe e te proteja sempre nessa caminhada.
    entrega seu caminho ao senhor confia nele e ele tudo fará.

  3. THOMAS BOAVENTURA.
    26/07/2011

    poxa janjao, nao sabia dessa façanha!
    voce e mais que vencedor!
    voce venceu completando a prova , com um resultado exelente.
    e fora da prova ninguem te acompanhou.
    parabens velinho.

  4. Moooosssssoooo, vão fazer uma programação pra ir no Sertões daqui uns anos, vamos começar a treinar Jones??!!
    Eu animo, só de lê esse trem já deu uma empolgada hahaha!
    Será se nós dão conta? Vão chamar o mocozim também, ou qua?!
    AGUARDO RESPOSTA!

  5. Cara, nunca tinha entrado neste site, e procurando informacoes sobre enduro(que estou doido pra começar) me deparei com a sua sutuacao que igual a minha todo mundo acha que eu estou doido, um falou que vou morrer, o outro que eu nao passo do primeiro dia, quem vai trabalhar no meu lugar, qual e minha eequipe etc, etc. pois bem faltando uma semana eu decidi e vou pro diamante ao ouro com a cara a moto e a coragem . abraço Paulo azevedo.

  6. Pingback: 20 anos! E parece que foi ontem… « supertrilha.com.br

  7. oi cara, gostaria de te pergunta uma coisa
    os mecanicos, combustivel, somos nos competidores q tem q levar ou ja tem uma equipe pronta para isto?
    falou cara, parabens por vc ter ido ao rally dos sertoes

  8. Cada frase faz subir aquele frio na espinha! É F.da ter um sonho desse e sempre ler coisas do tipo, 300 mil, 150 mil… pra poder participar. Não que 9 mil é pouco, longe disso, mas pelo menos dá muita esperança de um dia participar (consegui andar em interlagos porque vendi o playstation que eu ganhei de um amigo! rs) e ter no coração e na vida o que é fazer parte de um evento desses. Parabéns pelo texto, e diz pra seu amigo que se tu morresse seco pelo menos quando tirassem o capacete, tu ia tar com um puta sorrizão!

    Sucesso!

  9. Marcão da Marcos Motos? Claro que lembro. Foi um apoio fundamental na prova. Sua equipe ainda trocou os anéis da minha moto. Lembro que vc estava com um stand montado (acho que era um campo de futebol).
    Mais uma vez agradeço a força.

    Grande abraço.

  10. me lembro bem que participei e patrocinei da recepçao lá em bom jesus da lapa,não sei se voçe lembra quando me procurou uma coroa menor porque a sua moto não estava redendo o suficiente,mas atraves de histrias como a sua é que encorajamos vou tirar a minha moto da garagem que já faz dois anos que liguei um abraço do amigo e piloto marcão.

  11. ja fiz o mesmo em trilhas e rally, ñ importa quanto gastei quanto fez falta o dinheiro, importante é que fui feliz.

  12. cara !!!!!!! so de ler sua historia da vontade de arrancar minha moto da garage e sair quinen um loco procurando montanhas, morros , burracos , trilhas que nunca fui pra conhecer novos lugares . acho q vc eh a pessoa certa que me entende , essa adrenalina no sanque , o medo que tranforma em emocao .. curti muito sua historia , eu nao penso tao alto participar do rally do sertoes mais , trilha ta na minha veia e nao pretendo parar nunca

  13. ola. nao sei c este e mail vai pra vc mesmo. sou um apaixonado com moto fasso minhas trilhas to arrumando as malas pra mim ir p sertoes 2010. mas devo ir de caminhonete pq moto acho q nao volto muito vivo nao. como q a media te pede pra acelerar e vc nao acelera so pq e a primeira vez q ta indo so pra completar a prova e etc, isso nao tem como. mas ate la vou ver de q eu vou… abracos

  14. parabens grande piloto. a primeira vez que te vi correndo foi numa etapa de santa catarina , me impressionou, parabens pela força de vontade e superaçao do medo

  15. Muito legal sua historia, sou de Belo Horizonte e tambem participo apenas de enduro de regularidade e de alguns Cross Contry de vez em quando. Estou afim de participar do “sertoes experience” este ano e do sertoes em 2010. Seu relato ajuda bastante a ter uma ideia do que é essa grande aventura. Grande abraço e boa sorte.

  16. Nossa…que bonita a sua história, a sua coragem, lendo isso tudo agora q vc escreveu me deu uma vontade de correr atrás de tudo q acredito e deixar de lado o medo e lutar sempre!!! Fico também feliz por ter certeza que faço parte dos amigos distantes…rsrrsrs, que nunca serão esquecidos. Tenho você como um grande irmão, desejo a você toda a felicidade do mundo! um grande abraço.

  17. Bom dia Pulga! Você é o tipo de pessoa que dispensa comentários, visto isso, é sabido que você é um vitorioso e que continúe sendo esta pessoa simples e grandiosa que Deus cría para destacar sem muito alarde, parabéns por suas vitórias, isso faz parte de sua jornada. E quanto ao rally dos Sertões, ainda chego lá, só depende de Deus, de mim e do governo, este sim, dificulta tudo. Abraço.

  18. olá, parabens pela iniciativa deste site,e pela grande conquista que foi sua participação no rally dos sertões, você ja é um vitorioso, li toda sua historio e deve ter sido com certeza muito emocionante.Um grande abraço,
    Francis Albert-Sete Lagoas -MG

  19. Olá amigo, parabens pelo site e pelas vitórias, tenho o sonho de um dia poder participar, estou a procura de patrocínio, corro aqui na minha cidade (Botucatu), interior de Sp, quendo puder venha pra cá, conhecer as trilhas e os paradisíacos lugares. Abraços, e boa sorte nas próximas competiçoes…

  20. Parabéns meu amigo, eu tambenho tenho vontade de participar de um Rally dos sertões… Seria a realização de um sonho… Estou treinando pra isso, se Deus quiser um dia desses eu estarei no rally..

  21. Carissimo amigo,
    É com grande satisfaçao e vergonha que lhe cumprimento pela sua aventura. A vergonha é que só agora vim lê-lo. Mas, a satisfaçao é maior. Nos conhecemos desde o colégio (nao precisa falar quanto tempo faz, né?). Já fizemos vários enduros juntos, inclusive Independencia 1998, e sempre tive voçê como um exemplo. Um rapaz franzino, com tanto dominio da MAQUINA.
    Estou de volta às trilhas, graças a DEUS, e agradeço pela sua amizade e de todos ( Prof Testão, Waltinho, Guto, Fred coelho, Junêra, Serjao, Maurição, Adair, Ivair, Silvio, Leandro Aleixo… e a galera mais jovem, como o Grande Bill).
    Parabéns tambem pela iniciativa do site, que pode ser um ponto de encontro para troca de informaçoes e idéias, e contar mentiras também (hê, hê).
    Fiquem todos com DEUS. Um abraço.

  22. Grande pulga!
    Em primeiro lugar eu gostaria de fazer uma pequena observação sobre o Rally dos Sertões, como vc sabe em 2003 eu também tive a honra e a glória de participar daquela prova e escapar com vida e vitórias.
    Ao contrário de vc eu não fui pego de surpresa, eu e Soraia planejamos essa participação durante anos, cheguei a fazer a nossa inscrição em 2002, mas achei que o carro não estava bom e passei a inscrição para outro piloto. Durante dois longos anos que levei pra montar, equipar e testar o carro o único medo que eu tinha era o carro ser reprovado na vistoria da CBA, pois os carros tem muitos itens de segurança que são observados. Dai acho que eu não tive tempo de pensar no rally em si, só pensava na bendita vistoria, mas graças a Deus depois de pagar um mico durante a vistoria (o carro não pegou), recebi o passaporte e o selo de homologação da CBA, então sai todo alegre, falei pra Soraia que eu tinha tinha acabado de fazer o Rally dos Sertões. hahaha, o resto dos dias seria apenas um passeio pelo sertão brasileiro, teoricamente botei isso na cabeça e enfiei o pé no fundo da gaiolinha, com muito carinho pra não quebrar a danadinha, pois os recursos eram poucos, tão poucos que quando viram o nosso “stand” la em Goiania, pessoas da organização apostaram que não chegariamos ao final do segundo dia, puro engano, a teimosia, a fé em Deus e a vontade de chegar foi maior que tudo e graças a Deus como vc sabe chegamos e muito bem classificados, concluimos todas as etapas com apenas uma penalização que nos tomou o segundo lugar na categoria e o quinto na geral.
    Mas resumindo, só quem já foi lá é que realmente sabe o que é o Sertões, e se tudo der certo em 2010 estaremos de volta com a mesma vontade de vencer.

    E como vc disse temos amigos que nem sabem o quanto são importantes para nos, e eles é que realmente nos dão força e coragem para essas aventuras que muitos acham coisas de louco.

    Só uma pequena passagem em um dos dias do Rally, acho que foi no terceiro dia. Um carro ficou preso em uma ponte e provocou um engarrafamento de um 40 carros, quando liberaram a ponte saimos todos juntos literalmente tentando passar uns por cima dos outros, poeira, valas, lombadas, erosões, tinha de tudo, de repente bateu o medo, sai com o carro pra dentro do mato e falei pra Soraia que iria parar e esperar aquele bando de loucos passar, meu Deus nunca tinha visto D. Onça tão brava, (vc vai parar? não acredito), essas foram as suas palavras antes de colocar um bico do tamanho do mundo, quando a poeira baixou acelerei novamente, dai uns 5km um Pajero capotado, mais uns 5 uma caminhonete em uma erosão só com o parachoque traseiro de fora, e por ai vai. Assim é o Sertões, e que Deus nos ilumine e ajude a todos aquele que ainda irão participar daquela aventura.

    Um grande abraço do seu amigo Fabão.

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